Arritmia: o que acontece quando o coração muda de ritmo

Arritmia: o que é, causas, tratamento

A arritmia surge quando o coração bate a um ritmo que não o ritmo sinusal, isto é, a um ritmo diferente da dinâmica normal do coração.

  • EdiçãoCarlos Eugénio AugustoJornalista

  • Revisão científicaDr. Francisco Moscoso Costa
    Médico cardiologista

A arritmia é uma condição caracterizada por um número anormal de batimentos do coração. Em média, o normal é que ocorram entre 60 e 100 batimentos cardíacos, por minuto. Se o ritmo cardíaco for inferior a 50/60 batimentos por minuto, a arritmia é designada bradiarritmia. Se for superior a 100 vezes por minuto, em repouso, trata-se de uma taquiarritmia. Tanto a bradicardia como a taquicardia podem levar à perda repentina da função cardíaca e causar morte súbita.

Principais causas da arritmia

As principais causas da arritmia estão associadas ao envelhecimento. Estas incluem: hipertensão arterial, stresse, diabetes, apneia do sono, doença coronária, hipertiroidismo, tabaco, excesso de álcool ou cafeína, sedentarismo, consumo de drogas ou toma incorreta de medicamentos.

Hábitos que ajudam a prevenir

Ter uma vida saudável ajuda a prevenir a arritmia. Isto inclui evitar o tabagismo, o sedentarismo, o stresse e o excesso de peso e de bebidas alcoólicas. Seguir uma dieta saudável e a toma correta de medicamentos são outras formas de prevenção.

O coração contrai-se 100 mil vezes por dia para manter a normalidade da circulação sanguínea

Os sintomas da arritmia

Os mais frequentes são palpitações (sensação de batimento cardíaco irregular ou anormal), fadiga, vertigens, tonturas, desmaio, cansaço, falta de ar, dor de peito e ansiedade.

Como é feito o diagnóstico

O diagnóstico da arritmia é feito através da análise do exame objetivo, do histórico familiar e de exames como o eletrocardiograma e o Holter de 24 horas, um aparelho de monitorização cardíaca.

A doença cardiovascular é a primeira causa de morte e é responsável por cerca de metade dos óbitos ocorridos na Europa. Em Portugal, provoca 40 mil vítimas por ano

A arritmia mais comum

A fibrilhação auricular é o tipo de arritmia mais frequente. Tem origem nas aurículas e caracteriza-se por um batimento cardíaco e irregular nas aurículas e ventrículos. Um em cada quatro portugueses virá a sofrer de fibrilhação auricular. 15 a 30 dos doentes com fibrilhação auricular não são assintomáticos.. A fibrilhação auricular pode originar coágulos no coração, elevando o risco de AVC.


Tipos de tratamento

O tratamento da arritmia pode incluir:

  • A toma de medicamentos para controlar a frequência e o ritmo cardíaco;
  • O cateterismo cardíaco (ablação) para tratar ou controlar algumas arritmias;
  • A implantação de um pacemaker cardíaco (trata ritmos lentos ou bloqueios);
  • A implantação de um cardioversor desfibrilhador (trata arritmias rápidas, prevenindo a morte súbita).

O pacemaker é um gerador de impulsos elétricos que ajuda a manter um ritmo cardíaco regular. A ligação ao coração é feita com um ou dois fios flexíveis (eletrocateteres). A sua implantação implica uma pequena cirurgia, com anestesia local, através de uma pequena incisão abaixo da clavícula.

Última revisão: Maio 2019

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