Será uma apendicite? Conheça os sinais de alarme

Será uma apendicite? Conheça os sinais de alarme

A apendicite é a inflamação crónica ou aguda do apêndice, provocada pela sua obstrução, podendo surgir na sequência de uma infeção, doença intestinal, parasitas ou tuberculose. O único tratamento possível é a cirurgia.

  • EdiçãoCarlos Eugénio Augusto

A apendicite é uma inflamação do apêndice, provocada pela sua obstrução. O apêndice é um órgão semelhante a uma pequena bolsa localizado no intestino grosso, no lado direito do abdómen. A inflamação pode surgir na sequência de uma infeção, doença intestinal, parasitas ou tuberculose. Este problema tem maior prevalência na faixa etária dos dez aos 30 anos, com predomínio no sexo masculino. Estudos sugerem que o risco de apendicite é mais baixo em países cuja dieta seja rica em fibras, sendo aconselhada a ingestão de cereais, legumes e fruta. A Revista Prevenir falou com João Ramos, médico especialista em Medicina Geral e Familiar e autor do livro Um Médico para toda a Família. Reunimos o essencial sobre esta doença.

Apendicite crónica e apendicite aguda

Caracterizam-se ambas pela inflamação do apêndice, sendo o quadro crónico menos frequente, tendo progressão mais lenta e sintomas ligeiros. Já os casos agudos são mais frequentes, com rápida evolução e queixas intensas. Não tratada, a apendicite pode dar origem a uma peritonite (perfuração do órgão) ou septicemia (infeção generalizada) e, consequentemente, a morte.

Principais sinais de alarme da apendicite

Os sinais de alarme divergem entre dor súbita (no umbigo, deslocando-se para a zona inferior direita do abdómen), náuseas e vómitos, perda de apetite e febre baixa (pode subir enquanto a doença progride), obstipação ou diarreia. Tosse ou esforços são responsáveis pelo aumento da dor associada à apendicite. Na gravidez, essa dor pode parecer proveniente da parte superior do abdómen, pois o apêndice fica mais elevado nesta fase.

Como se faz o diagnóstico

O diagnóstico da apendicite exige um exame médico, análises ao sangue e urina, bem como ecografia ou TAC. Pode ainda ser necessário fazer uma cirurgia exploratória na suspeita do risco de perfuração.

Em que consiste o tratamento

O único tratamento possível em caso de apendicite é a cirurgia. No entanto, por vezes, a infeção gera um abcesso que é preciso tratar antes da cirurgia através de antibiótico que é administrado por via intravenosa. A cirurgia ou apendicectomia consiste na remoção do apêndice. A maioria é realizada por via laparoscópica, através de pequenas incisões no abdómen. A cirurgia implica um a dois dias de internamento. O regresso à rotina deve acontecer uma a duas semanas depois.

Última revisão: Setembro 2021

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