História do VIH e sida: de fatal a doença crónica

história do VIH e sida

A história do VIH e sida, desde o primeiro diagnóstico até aos mais recentes avanços da ciência. Contada em dois minutos.

  • TextoVanda OliveiraJornalista
  • Grafismo e storyboardSusana Gama
  • Motion designMarco Santos

  • RevisãoDra. Joana Boto FernandesMédica infecciologista

Em 1981, surgem as primeiras descrições de uma “pneumonia rara” que surpreende a comunidade médica. Desde então, foram necessários muitos avanços da ciência para se conseguir identificar a doença e o vírus que a provocava; saber como prevenir o VIH e sida, quais as formas de contágio; e como tratar de forma eficaz, reduzindo o número de mortes e aumentando a esperança de vida dos doentes.

História do VIH e sida

Conheça a história do VIH e sida, através do vídeo que a Revista Prevenir preparou para si.

1981 Surgem as primeiras descrições de uma “pneumonia rara” que surpreende a comunidade médica. 270 casos, 171 mortes. Era o início da história do VIH e sida.

1982 Um ano após surgirem os primeiros casos e mortes, a epidemia é denominada Síndroma de Imunodeficiência Adquirida (sida).

1983 É identificado o vírus da imunodeficiência humana (VIH) na origem da sida e começam a ser identificadas as suas vias de transmissão:

  • sexual;
  • através do sangue (partilha de agulhas ou seringas e transfusões);
  • de mãe para filho.

1985 É criado o primeiro teste sanguíneo para deteção de anticorpos anti-VIH. Começam a ser realizados os primeiros ensaios clínicos de possíveis tratamentos para a infeção por VIH.

Avanços médicos

1987 É aprovado o primeiro medicamento na história do VIH e sida. A carga viral dos pacientes diminui, permitindo reduzir os sintomas e abrandar a progressão da doença, mas apenas temporariamente.

1996 Um cocktail de três fármacos antirretrovirais mostra ser muito mais eficaz do que a terapia anterior: pela primeira vez, na história do VIH e sida, a carga viral é reduzida para níveis indetetáveis.

1999 Uma única dose de um medicamento antirretroviral reduz para cerca de metade a transmissão de VIH de mãe para filho, no momento do parto.
O tratamento atual permite que o risco de transmissão seja inferior a cinco por cento.

2003 O número de comprimidos passa de 10 a 15 por dia para apenas 2, graças às terapias combinadas de dose fixa. Aumenta a adesão aos tratamentos e melhoram os resultados.

2010 Surgem estudos que demonstram a possibilidade de um tratamento farmacológico para prevenir a transmissão de VIH: uma combinação de fármacos antirretrovirais, tomados diariamente, em conjunto com o uso de preservativo.


O princípio do fim da epidemia

2013 O número de mortes relacionadas com a sida cai 30 por cento desde o seu pico em 2005.

2014 A ONUSIDA estabelece metas para 2020:

  • 90% dos doentes diagnosticados;
  • 90% dos doentes diagnosticados em tratamento;
  • 90% dos doentes em tratamento com carga viral indetetável.

2016 É demonstrado que em casais em que apenas um tem a infeção, quando controlada, não há risco de transmissão ao parceiro

2018 Chega a Portugal o medicamento que ajuda a prevenir a infeção por VIH. É indicado para pessoas em situação de risco acrescido de infeção por VIH, com vista ao corte da cadeia de transmissão.

2019 Portugal atingiu as três metas definidas pela ONU para 2020 – 90% dos doentes diagnosticados, dos quais 90% em tratamento e, desses, 90% com carga viral indetetável. 

O próximo passo na história do VIH e sida

2030 A ONUSIDA tem como objetivo alcançar estas metas:

  • 95% das pessoas diagnosticadas
  • 95% das pessoas diagnosticadas em tratamento
  • 95% das doentes em tratamento com carga viral indetetável

Se o objetivo for atingido, será decretado o fim à epidemia da sida.

Última revisão: Julho 2019

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