Esquizofrenia: quando o pensamento se fragmenta

esquizofrenia

A esquizofrenia atinge cerca de 1 por cento da população sem exclusão de grupos ou classes sociais.

  • Revisão científicaDra. Filomena NabaisMédica psiquiatra 

A esquizofrenia é a fragmentação da estrutura básica dos processos do pensamento acompanhada pela dificuldade em estabelecer distinção entre a experiência interna e externa. Surgem sintomas que afetam quase toda a atividade mental, incluindo a perceção, a atenção, a memória, o comportamento e as emoções.

Quais as causas da esquizofrenia

Não existe uma causa para a esquizofrenia. Teorias neuroquímicas, genéticas e ambientais têm sido apontadas, bem como a possibilidade de o uso de substâncias psicoactivas poderem desencadear algumas situações. Em parentes biológicos em primeiro grau parece haver um risco dez vezes maior do que na população em geral.

Estes são os principais sintomas

Os sintomas da esquizofrenia estão associados a uma disfunção social/ocupacional como o trabalho, o relacionamento interpessoal ou mesmo o cuidado com o próprio. A esquizofrenia apresenta uma evolução crónica que se inicia na adolescência ou na infância, sendo o pico por volta dos 20 anos (raro <16 ou> 50 anos). O início pode ser agudo ou insidioso.

Para fazer o diagnóstico de esquizofrenia são necessários dois ou mais dos sintomas descritos, pelo menos durante um mês, se não tratados:

  • Ideias delirantes: ideias sobre as quais as pessoas estão firmemente convictas e não cedem a argumentação lógica. Por exemplo, “tenho um chip na cabeça para me comandarem”.
  • Alucinações: perceções irreais olfativas, táteis, visuais, auditivas, sendo as últimas as mais frequentes (vozes que falam entre elas ou que comentam atos do próprio).
  • Alterações do pensamento: forma e conteúdo, podendo traduzir-se por vezes num discurso incoerente, no qual surgem palavras novas ou frases sem sentido.
  • Alterações do comportamento: por vezes comportamentos bizarros, maneirismos, tiques, agitação, catatonia…
  • Discurso pobre, avolia, apatia, anergia, descuido da higiene diária, faltas ao trabalho, indiferença emocional.

Tratamentos: como controlar os sintomas da esquizofrenia

Fármacos antipsicóticos

São eficazes para eliminar ou atenuar os delírios, alucinações e o pensamento desorganizado, ajudando a prevenir episódios futuros.

Programa de reabilitação

É essencial desde o início com a elaboração de um plano terapêutico individual onde possam ser trabalhadas as competências sociais, a adesão à terapêutica e a remediação cognitiva com vista a minimizar as sequelas da doença. Devem ser contempladas também sessões de psico-educação, quer para o doente quer para as famílias.

Psicoterapia

A piscoterapia pode beneficiar alguns doentes com esquizofrenia.

Última revisão: Fevereiro 2012

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