Aprenda a reconhecer os sintomas de depressão

Aprenda a reconhecer os sintomas de depressão

Aprender a reconhecer os sintomas de depressão é o primeiro passo para superar esta doença.

Sabia que 20 por cento da população portuguesa sofre de depressão? As mulheres são mais afetadas do que os homens, sobretudo na adolescência, no primeiro ano após o parto e na menopausa. A Revista Prevenir falou com o médico psiquiatra Vítor Viegas Cotovio, membro do Conselho Nacional de Saúde Mental que ajuda a reconhecer os principais sintomas.

Sintomas de depressão

Os sintomas incluem:

  • Irritabilidade, apatia e tristeza;
  • Perda de energia e interesse;
  • Diminuição da vontade;
  • Sentimentos de inutilidade, incapacidade, culpa, falta de confiança e autoestima;
  • Falta de vontade de viver;
  • Preocupação com o sentido da vida.

Outros sintomas de depressão podem envolver alterações do apetite, do sono, da concentração e/ou do desejo sexual e dor muscular, dor abdominal e/ou enjoo.

Não é só tristeza

A disfuncionalidade, gravidade e permanência dos sintomas de depressão distinguem-na de meras mudanças de humor. Se perdurarem ou se agravarem durante duas ou mais semanas consecutivas, pondere procurar ajuda.

O diagnóstico

Se identificar um ou mais destes sintomas, deve falar com o seu médico de família e/ou médico psiquiatra. O diagnóstico é feito com base na avaliação clínica dos sintomas de e da história pessoal e familiar.

O tratamento dura, pelo menos, seis a nove meses

O efeito dos antidepressivos nos sintomas de depressão

Os antidepressivos são os medicamentos usados no tratamento de depressões moderadas a graves, crónicas e, por vezes, ligeiras, sobretudo de origem biológica. O tempo mínimo, após o início da toma, que um antidepressivo demora a começar a fazer efeito é de duas a três semanas. O tratamento dura, pelo menos, seis a nove meses. Não suspenda um tratamento com antidepressivos sem autorização médica, sob pena de recaída ou recorrência dos sintomas de depressão. Sem tratamento a depressão pode transformar-se numa doença crónica sem remissão.
A psicoterapia também pode ser útil em conjugação ou como alternativa à medicação. Esta terapia é mais útil em depressões ligeiras e/ou reativas a acontecimentos. Pode ser usada nas depressões graves como complemento à medicação.


Sintomas de depressão: as causas

Existem vários fatores que podem levar à depressão. Existem causas biológicas (relacionadas com a química cerebral) e causas reativas a acontecimentos, como a perda de alguém próximo.
A dependência de drogas ou álcool pode facilitar o aparecimento de sintomas de depressão ou a evolução para depressão crónica. O mesmo pode acontecer devido à toma de alguns medicamentos como corticoides, certos anti-hipertensivos, imunossupressores e terapêutica hormonal de substituição.

Grupos de risco

Algumas pessoas estão mais propensas a desenvolver sintomas de depressão. Nomeadamente, quem já teve depressão ou tem história familiar da doença; sofre de doenças crónicas, de pânico ou de ansiedade; tem circunstâncias de vida geradoras de stresse; idosos; cuidadores de doentes graves ou crónicos.

Última revisão: Outubro 2014

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