A doença de Alzheimer é uma doença degenerativa cerebral responsável por 60 a 70 por cento dos casos de demência. caracterizada por alterações cerebrais como o surgimento de placas de proteína amiloide, perda de neurónios e redução da densidade das sinapses (ligações entre os neurónios). Essas alterações conduzem à perda progressiva e persistente de capacidades cognitivas e funcionais. Com base no livro Alzheimer – em 50 questões essenciais (Lidel), da autoria da médica neurologista Belina Nunes, a Revista Prevenir reúne o essencial sobre esta doença.
Principais fatores de risco
A idade é o principal fator de risco de Alzheimer – a partir dos 60 anos a prevalência da doença duplica a cada cinco anos. Mas existem outros:
- Traumatismos cranianos moderados a graves aumentam duas a quatro vezes o risco de demência.
- Genética Se gerações sucessivas da sua família tiveram a doença aos 40 ou 50 anos, terá uma probabilidade elevada de a desenvolver; se esses casos surgiram após os 70 anos, o estilo de vida ganha relevo.
- Sexo feminino As mulheres têm maior risco de desenvolver a doença de Alzheimer, talvez devido a fatores hormonais, à maior vulnerabilidade ao stresse e prevalência de depressão ou à menor escolarização.
- Ingestão de gordura saturada Presente na carne, laticínios, enchidos e gorduras, parece propiciar o declínio cognitivo.
Sintomas da doença de Alzheimer
A perda de memória é a queixa inicial mais frequente da doença de Alzheimer, mas existem outros sinais de alarme a que família deve estar atenta:
- Alterações de comportamento como perda de noção do tempo
- Desorientação
- Problemas de linguagem
- Dificuldade em planear, resolver problemas e executar tarefas
- Dificuldade em perceber relações espaciais
Como se faz o diagnóstico
É, geralmente, feito com base em:
- Entrevista clínica
- Exame imagiológico (RMN ou TAC cerebral)
- Avaliação neuropsicológica
- Estudo laboratorial

A doença de Alzheimer previne-se com…
- Treino físico e mental Ajuda a preservar a reserva cognitiva, que engloba a escolaridade, a inteligência e a estimulação mental, e é um fator protetor face à doença de Alzheimer.
- Dieta mediterrânica É considerada protetora face à demência, graças aos ácidos gordos ómega-3 (peixe) e antioxidantes (frutos e vegetais). A cafeína também.
- Suplementos alimentares Podem colmatar défices de nutrientes essenciais para o normal funcionamento cerebral.
Principais formas de tratamento
Os medicamentos não curam, mas minoram e abrandam a progressão dos sintomas. Quanto mais precoce for o tratamento, melhor. Algumas terapias complementares também podem ajudar. É o caso da estimulação cognitiva, terapia com luz intensa, aromaterapia, massagem, acupuntura ou musicoterapia.