10 factos sobre cancro da pele que tem de saber

O que tem de saber sobre o cancro da pele

É um dos tipos de cancro mais frequentes e quanto mais souber acerca dele mais facilmente lhe conseguirá escapar.

  • PorCatarina Caldeira Baguinho Jornalista

  • ColaboraçãoDr. Fernando RibasMédico dermatologista

 

O cancro da pele é o carcinoma mais comum do mundo e também um dos tipos de cancro com uma taxa de recuperação mais alta. Para que esta doença seja ultrapassada com sucesso, é importante que seja diagnosticado atempadamente. Fernando Ribas, médico dermatologista, conta à Revista Prevenir o que tem mesmo de saber para escapar a esta doença.

1. O melanoma é o tipo de cancro da pele mais grave

O melanoma é o cancro de pele menos frequente, mas o mais perigoso. Em Portugal, anualmente, surgem 1200 novos casos de melanoma maligno. Ocorre quando os melanócitos, as células da pele responsáveis pela produção de melanina (o pigmento que dá cor à pele), se tornam malignas.

A exposição a radiação ultravioleta (UV) natural ou artificial, como os solários, aumenta o risco de cancro da pele

2. Os dois tipos de cancro de pele mais frequentes são não melanoma

O carcinoma basocelular ou basalioma e o carcinoma pavimentoso ou espinocelular são os tipos de cancro mais comuns. O primeiro cresce lentamente e aparece com frequência em áreas da pele que estiveram expostas ao sol, sendo mais comum na face, e raramente se espalha para outras partes do organismo. O carcinoma pavimentoso desenvolve-se tanto em áreas expostas ao sol como não expostas, podendo atingir os gânglios linfáticos e alguns órgãos.

3. O cancro da pele não afeta apenas as pessoas de pele clara

A radiação UV afeta-nos a todos. As pessoas de pele mais clara, que fica facilmente sardenta ou queimada, loiras, ruivas e de olhos claros (verdes ou azuis) apresentam um risco maior. Contudo, isso não invalida que aquelas com tons de pele mais escuros não possam vir a sofrer de cancro da pele.

4. Antecedentes familiares com cancro da pele não é o único fator de risco

A exposição a radiação ultravioleta (UV) natural ou artificial, como os solários, aumenta também o risco de cancro da pele, assim como cicatrizes ou queimaduras, inflamação crónica na pele ou úlceras, infeção por determinados vírus do papiloma humano (HPV), radioterapia ou doenças que tornam a pele sensível ao sol (xeroderma pigmentoso, albinismo e síndrome do nevo basocelular).

5. A cirurgia não é o único método de tratamento do cancro da pele

A cirurgia é o tratamento mais habitual para o cancro da pele. Mas existem outras opções, dependendo do tipo de tumor, como a quimioterapia tópica (aplicada diretamente na pele), a terapia fotodinâmica (PDT), que utiliza uma substância química e uma fonte especial de luz para matar as células cancerígenas, ou a radioterapia, onde se utilizam raios energéticos para matar as células cancerígenas.


6. Não devemos evitar o sol por completo

O sol é essencial para a produção de vitamina D, que tem um papel preponderante na defesa do organismo contra a osteoporose, doença cardíaca, depressão e alguns tipos de cancro. Por isso, não o devemos evitar por completo: «20 minutos diários de sol, durante todo o ano, é quanto basta para equilibrar os níveis de vitamina D. Deve viver-se com a natureza durante todo o ano, para a pele se adaptar ao clima e, assim, evitarem-se os escaldões», aconselha o médico dermatologista Fernando Ribas.

O aparecimento de uma pinta escura que pode ser acompanhada de comichão e descamação é um dos sintomas

7. Um sinal suspeito não é o único indicador de cancro da pele

Um sinal, uma alteração na pele, uma ferida que não cicatrizou ou uma mancha duvidosa são os alertas mais usuais de cancro da pele. Apenas um terço dos melanomas surgem a partir de sinais já existentes. Os restantes surgem como lesão de novo em pele aparentemente sã, mas geralmente em áreas de antecedentes de queimaduras solares, lentigos solares ou acentuada exposição aos ultravioletas. A lesão pigmentada de novo, surge frequentemente com o aparecimento de uma pinta escura que pode ser acompanhada de comichão e descamação.

8. A maioria dos casos de cancro da pele ocorre aos 50 anos

Embora o sol comece a danificar a pele em idades mais jovens e possam surgir, nessa altura, cancros da pele, cerca de metade dos melanomas ocorrem em indivíduos com mais de 50 anos.

9. O protetor solar não deve ter um FPS inferior a 30

A Associação Portuguesa de Cancro Cutâneo recomenda a utilização de protetor solar com FPS igual ou superior a 30, independentemente do tom de pele. Deve-se aplicar 30 minutos antes de ir para a praia ou piscina e renovar as aplicações. Mas o dermatologista Fernando Ribas alerta: «Por serem muito potentes, a utilização excessiva de protetor solar pode condicionar a absorção de vitamina D. Por isso, não se deve abusar da sua utilização».

10. Aplicar um protetor solar com FPS 50 não é o suficiente para proteger a pele dos raios UV

É uma das formas para proteger a pele e reduzir o risco de cancro cutâneo, mas não deve ser a única. A melhor proteção é a sombra, devendo evitar-se, sempre que possível, a exposição ao sol entre as 12 e as 16 horas.

Última revisão: Agosto 2016

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