Tipos de analgésicos: como atuam e os cuidados a ter

Tipos de analgésicos: como atuam e cuidados a ter

Existem vários tipos de analgésicos, cada um deles indicado para um tipo de dor. Saiba como atuam e que cuidados deve ter ao usá-los.

  • PorCarlos Eugénio AugustoJornalista

  • ColaboraçãoDra. Eunice SilvaMédica anestesiologista

Os analgésicos são uma categoria de medicamentos destinados a reduzir ou aliviar a dor. Existem vários tipos de analgésicos que são indicados consoante o tipo de dor. Saiba o que os distingue e que cuidados deve ter ao usá-los. Mas, primeiro, avalie a sua dor

Como é a sua dor?

Para definir o fármaco certo para a sua dor, o seu médico vai precisar de saber, além da localização e possível origem, qual o seu nível de dor.

Escala da dor: Qual é o seu nível de dor?

Tipos de analgésicos

«Para uma utilização adequada dos analgésicos, a Organização Mundial da Saúde (WHO) definiu uma escala de medicação para alívio da dor cujas orientações recomendam uma aplicação gradual e progressiva, baseada na intensidade da dor», esclarece Eunice Silva. A sua toma deve ser feita sob a supervisão de um médico assistente.

Se a dor for fraca ou moderada

Analgésicos indicados: Paracetamol e anti-inflamatórios não esteroides.

Estão indicados em caso «de dor pós-cirúrgica, dores musculares ou num contexto de gripe». O paracetamol atua no sistema nervoso central, «os anti-inflamatórios atuam na inflamação local, pelo que são utilizados na artrite reumatoide, artroses, tendinites…».

Cuidados a ter A dose de paracetamol não deve ser excedida, pois «pode provocar uma insuficiência hepática grave». Os anti-inflamatórios podem provocar gastrite ou úlceras no estômago ou levar a alterações da tensão arterial ou patologia renal».

Se a dor for moderada a forte

Analgésicos indicados: Opioides, como tramadol e codeína.

«Têm influência em recetores específicos, que se encontram tanto a nível periférico como central. São divididos em fracos e fortes consoante a sua potência», descreve Eunice Silva.

Cuidados a ter «Deve haver precaução na sua utilização em doentes que tomem ansiolíticos, pois podem potenciar a ação de ambos os fármacos. O tramadol associado a alguns antidepressivos pode provocar alterações do estado mental, neuromusculares e hiperatividade. Mal-estar geral, náuseas, vómitos, prisão de ventre, comichão ou dependência estão entre os seus efeitos secundários.»

Se a dor for severa

Analgésicos indicados: Opioides fortes como morfina, buprenorfina, hidromorfona, oxicodona, fentanil e tapentadol.

São, «sobretudo, indicados na dor associada ao cancro. No caso de outros doentes, existem regras de maior contenção e cada vez mais o tratamento é assente em recuperar a função, mesmo sem o tratamento completo da dor que é, por vezes, impossível».
Cuidados a ter «Deve haver cuidado em doentes medicados com ansiolíticos, pois podem potenciar a ação dos dois fármacos. Os efeitos secundários mais frequentes são: mal-estar geral, náuseas, vómitos, obstipação, comichão ou dependência.»


Antes de tomar: tem de contar ao seu médico

Para perceber o que o afeta e que terapêutica deve indicar, o profissional de saúde que o acompanha precisa de perceber o processo que deu origem à dor. Para que ele tenha sucesso nessa missão, deve partilhar com ele…

  • Como é a dor: moinha, facada, intermitente, cólica;
  • Quando começou;
  • Onde se localiza e para onde irradia;
  • Situações em que a dor se agrava ou alivia;
  • Em que medida a dor interfere nas atividades da vida diária;
  • Se perturba o sono;
  • Qual a intensidade da dor;
  • Medicação que já tomou e/ou que está a tomar;
  • Medicação a que é alérgico;
  • As suas doenças.
Última revisão: Outubro 2017

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