Os anti-inflamatórios «bloqueiam a ação das prostaglandinas (sinais químicos celulares libertados se há inflamação), atenuando a inflamação e consequentemente a dor», explica Cristina Azevedo, farmacêutica, à Revista Prevenir. As substâncias mais comuns comercializadas são o ibuprofeno e o diclofenac. A sua ação permite aliviar a febre e as dores menstruais e também é eficaz na artrite ou em lesões.
Duração máxima do tratamento
Nas palavras da farmacêutica, «a toma de ibuprofeno não deve exceder os três dias de tratamento para a febre, e os sete dias para a dor. Já no caso do diclofenac, o tratamento da febre também não deve exceder os três dias e, em situações de dor, não deverá exceder os cinco dias». Como forma de proteger o estômago, os anti-inflamatórios devem ser sempre acompanhados pela ingestão de alimentos.
Os anti-inflamatórios não podem ser tomados por…
- Grávidas
- Pessoas alérgicas a estes componentes
- Pessoas com asma, sensibilidade ou problemas gástricos (úlceras gástricas e duodenais)
- Pessoas com tensão arterial elevada
- Doentes renais
- Insuficientes cardíacos
- Diabéticos
Anti-inflamatórios: quais os riscos?
- O uso prolongado de anti-inflamatórios pode causar irritações no estômago, náuseas, dor abdominal e úlceras gástricas. Pode igualmente levar ao aumento de tensão arterial, problemas nos rins e um risco acrescido de problemas cardíacos e hepáticos.
- De acordo com um estudo publicado no British Medical Journal, a toma continuada de anti-inflamatórios em doses elevadas pode aumentar o risco de enfarte.
- A toma de anti-inflamatórios por mais de seis anos pode aumentar cerca de dez por cento o risco de perda de audição mais de uma década depois. Este risco é referido por uma investigação baseada em dados do Nurses’ Health Study, que envolveu 55 mil mulheres.
Vá ao médico…
Não descure os sinais de alerta. Isto é, «em caso de agravamento ou persistência dos sintomas que originaram a toma do medicamento. Por exemplo, dores musculares, articulares, dores de costas, dores de cabeça, de dentes e dores menstruais», aconselha a farmacêutica Cristina Azevedo.