3 grandes tendências no mundo do trabalho para 2023

O futuro do trabalho, segundo Dan Shapero, diretor de operações do LinkedIn

O diretor de operações do LinkedIn Dan Shapero aponta três grandes tendências no mundo do trabalho para 2023 e partilha uma estratégia para que consiga encontrar um novo emprego mais facilmente.

  • PorVanda OliveiraJornalista

  • FotografiaWeb Summit

O diretor de operações da rede social LinkedIn Dan Shapero conversou com Dan Milmo, editor de tecnologia do jornal britânico The Guardian, no último dia da Web Summit 2022, em Lisboa. A conversa aconteceu no dia em que a rede social Twitter anunciou um despedimento coletivo que poderá afetar metade dos seus 75 mil funcionários. Numa altura de grande incerteza económica, Dan Shapero trouxe esperança: «Na semana passada, tive oportunidade de estar com cerca de mil diretores de recursos humanos de empresas de todo o mundo e de diferentes indústrias e o que é interessante é que, tal como há empresas que vão fazer reduções nas suas equipas, também há muitas que estão orientadas para crescer».

O futuro do trabalho, segundo Dan Shapero, diretor de operações do LinkedIn

Dan Shapero apontou três grandes tendências no mundo do trabalho para 2023.

O futuro do trabalho, segundo Dan Shapero, diretor de operações do LinkedIn

1. O local de trabalho vai continuar híbrido

«Durante a pandemia, as pessoas perceberam que conseguem desempenhar o seu trabalho a partir de qualquer lugar, mas estarmos juntos também é importante. Penso que as empresas vão continuar a adotar um vasto leque de opções. É certo que algumas empresas estão a pedir aos seus funcionários para voltar ao escritório, porque acreditam que é essencial para o sucesso da empresa, mas há trabalhadores a resistir argumentando que conseguem fazer o trabalho a partir de casa; outras empresas estão a adotar o trabalho remoto a 100 por cento. Julgo que vamos ver muitas experiências diferentes e que vamos todos aprender muito sobre como o trabalho pode ser feito melhor. Penso que haverá uma conversa entre o que os empregadores querem, a flexibilidade que os empregados aprenderam a apreciar e a melhor forma de as equipas conseguirem fazer o seu trabalho.»

2. Empresas vão apostar mais nos empregados que já têm

«Quanto mais se trabalhar de modo híbrido, mais essencial será ter pessoas que sabem como a empresa funciona e que já criaram relações com os colegas. Por outro lado, se a cada três anos as pessoas mais talentosas não encontrarem algo novo para fazer, elas vão mudar de emprego, porque percebem que é mais fácil arranjar uma oportunidade melhor noutra empresa do que no sítio onde estão. Nós queixamo-nos em relação à geração Z (nascida entre 1995 e 2015), de que em cada novo emprego já estão a pensar no próximo, mas na minha opinião isso é ótimo. Porque vai colocar pressão nas empresas para se tornarem mais inteligentes em termos de gestão interna, levando-as a investir cada vez mais em planos de carreira, programas de desenvolvimento e formação.»

3. Competências vão ser mais importantes do que o currículo

«Se olharmos para a forma como as pessoas eram contratadas no passado, aquilo que interessava era onde tinham trabalhado anteriormente e em que escola estudaram. E esses são sinais úteis de o que as pessoas são capazes de fazer. Mas hoje existem muitos outros sinais e cada vez mais as empresas vão procurar outros sinais que as ajudem a definir qual o melhor candidato. Esses sinais podem ser, por exemplo, pedir referências profissionais, portefólio de trabalhos, e outras formas alternativas de mostrar o conjunto das suas competências.»


Compromissos sociais das empresas vão ter importância na escolha do emprego

«Para a geração Z, o trabalho é uma manifestação de si enquanto ser humano, aquilo em que trabalham diz algo sobre o que lhes interessa e isto é fantástico. No LinkedIn, um dos recursos que lançámos recentemente permite que as empresas possam assumir compromissos sobre a sua posição relativa a questões sociais como alterações climáticas, sustentabilidade, equidade, diversidade… E, portanto, agora, quem está à procura de emprego pode escolher ver as oportunidades apenas em empresas comprometidas com as alterações climáticas, por exemplo. Esta ideia de propósito vai ser fundamental para as pessoas escolherem as empresas onde vão querer trabalhar.»

O futuro do trabalho, segundo Dan Shapero, diretor de operações do LinkedIn

Está à procura de um novo desafio? Faça isto

Se ficou sem emprego ou conhece alguém que está desempregado, Dan Shapero recomenda: «Ative no seu perfil de LinkedIn o estado “open to work” (disponível para trabalhar)». Com esta estratégia simples será mais fácil encontrar um novo emprego. «Com esta alteração, os recrutadores que estejam à procura de alguém para preencher uma vaga são notificados e se os recrutadores pesquisarem por alguém na sua área, o seu nome vai aparecer no topo da lista», explicou.

Última revisão: 28 de novembro de 2022

artigos recomendados

Previous Next
Close
Test Caption
Test Description goes like this