• Prof. Dr. João CaramêsProfessor catedrático da Faculdade de Medicina Dentária da Universidade de Lisboa e diretor clínico do Instituto de Implantologia

«As aftas ou úlceras aftosas são lesões frequentes na mucosa oral. Regra geral, apresentam-se como pequenas feridas dolorosas, circulares ou ovais, de coloração branca ou amarela e um bordo avermelhado. Podem ser classificadas em aftas menores, maiores e herpetiformes. Embora a causa da estomatite aftosa permaneça desconhecida, sabe-se que se trata de uma disfunção imunológica. Vários fatores que deprimem o sistema imunitário têm sido sugeridos, como stresse e desordens hormonais. Alguns estudos demonstram que pequenos traumatismos e a ingestão de certos alimentos (como ananás, nozes e chocolate) poderão estar na sua origem», explica João Caramês, professor catedrático da Faculdade de Medicina Dentária da Universidade de Lisboa, à Revista Prevenir.

Aftas: o que fazer

«Se o seu aparecimento for frequente (úlceras aftosas recorrentes), deve consultar um médico para excluir outras doenças, como as alterações intestinais (por exemplo, doença celíaca ou de Crohn) e sanguíneas (por exemplo, anemia ferropénica ou deficiências vitamínicas). Se as úlceras forem ocasionais e cicatrizarem rapidamente, poderá não ser necessário tratamento ou bastar a aplicação de desinfetantes e cicatrizantes, como a cloro-hexidina ou o ácido hialurónico. Em casos mais graves, na presença repetida de várias úlceras dolorosas e de maiores dimensões, poderão ser utilizados corticosteroides mediante aconselhamento médico», indica o diretor clínico do Instituto de Implantologia. Por fim, o especialista refere ainda que «20 a 60 por cento da população é afetada por úlceras aftosas. Os grupos mais afetados são os adolescentes e jovens adultos, havendo evidência de um padrão familiar».

Última revisão: Setembro 2015

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