A disfunção erétil pode ser o primeiro sinal de uma diabetes desconhecida, pois provoca obstrução das artérias do pénis, diminuindo o aporte de sangue. Ao mesmo tempo, provoca lesão do tecido muscular peniano, o que vai dificultar o mecanismo de encerramento das veias do pénis, e perturba a função dos nervos periféricos. É essa causa multifatorial que determina a particular gravidade da disfunção erétil nos diabéticos. Existem alguns fatores que aumentam o risco de um diabético sofrer de disfunção erétil, especialmente o tempo de duração da doença, podendo dizer-se que quase todos os diabéticos com mais de 15 anos de patologia, mesmo equilibrada com terapêutica oral ou insulínica, têm algum grau de disfunção erétil, frequentemente grave.

Os doentes com a diabetes apenas controlada por dieta têm menos probabilidades de ter problemas. As terapêuticas orais que surgiram nos últimos 15 anos vieram trazer uma nova esperança para estes doentes, embora a sua eficácia seja mais baixa do que noutras causas de disfunção erétil. Quando as terapêuticas orais falham, existem alternativas, sendo que as próteses penianas representam o último recurso terapêutico para os diabéticos com disfunção erétil grave.