Como responder a perguntas específicas das crianças sobre a guerra?

Como responder a perguntas específicas das crianças sobre a guerra?

“Porque é que existem guerras?”, “Também nos vão atacar?” ou “Porque é que há pessoas que matam outras pessoas?” são algumas das questões que o seu filho poderá colocar-lhe. A Ordem dos Psicólogos Portugueses dá pistas sobre como responder.

As crianças e jovens podem colocar-nos perguntas complexas, para as quais não existem respostas claras ou diretas. Podemos sempre explicar que pessoas diferentes pensam sobre essas questões de formas diferentes e que não existe uma resposta única – é importante que as crianças e os jovens saibam que existem diferentes perspetivas de ver e compreender um conflito. Podemos também devolver-lhes as perguntas: “O que é que tu achas?”. A Ordem dos Psicólogos Portugueses sugere pistas de resposta a algumas das questões mais frequentes.

«Sobretudo se um familiar da criança está realmente em perigo, não é adequado minimizar a preocupação da criança, nem dar-lhe uma certeza – “vai ficar tudo bem” – que nós próprios não temos»

As principais perguntas das crianças sobre a guerra e as respostas que os pais podem dar

O que é a guerra?

A guerra acontece quando os países ou grupos de pessoas não concordam sobre algo importante para todos, mas usam meios violentos para lutarem uns com os outros. Pode haver guerras entre países diferentes ou guerras entre grupos de pessoas de um mesmo país. Infelizmente, sempre existiram guerras.

Por que é que existem guerras?

As guerras podem acontecer por muitas razões. Por exemplo, um país pode achar que não tem território ou recursos suficientes e podem tentar obtê-los retirando-os, à força, de um outro país. Mas também podem acontecer porque um país quer impor a sua forma de pensar e ver o mundo.

O nosso amigo/familiar vai morrer?

Preocupa-te que lhe aconteça alguma coisa e já não o/a voltemos a ver, não é? Estamos todos preocupados. Mas o nosso amigo/familiar não está sozinho e há muitas pessoas a tentar protegê-lo. Vamos esperar que ele volte para casa, em segurança, o mais rapidamente possível. (Sobretudo se um familiar da criança está realmente em perigo, não é adequado minimizar a preocupação da criança, nem dar-lhe uma certeza – “vai ficar tudo bem” – que nós próprios não temos. É preferível reconhecer e partilhar dos seus receios).


O avô e a avó estão bem?

Sim, os avós estão bem. Eles vivem muito longe do local onde está a acontecer a guerra. Queres ligar-lhe para falares com eles? (É comum que crianças de todas as idades imaginem um risco imediato para os seus familiares e amigos).

Também nos vão atacar a nós?

A guerra está a acontecer longe de nós, por isso não precisas de te preocupar com ataques ou bombas a destruir a nossa casa. Vamos continuar todos juntos. (É comum que crianças de todas as idades imaginem um risco imediato para si próprias).

Por que é que há pessoas que matam outras pessoas?

Não tenho uma resposta para essa pergunta, também não entendo. De facto, nenhuma pessoa devia matar outra e todos devemos contribuir para que isso não aconteça.

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