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Viver com VIH: estratégias para controlar a ansiedade na pandemia

VIH e pandemia: estratégias para controlar a ansiedade

Numa altura de tantas dúvidas sobre a COVID-19, pessoas que têm uma doença crónica, como é o caso da infeção por VIH, podem sentir-se mais ansiosas. Partilhamos estratégias que não só ajudam a evitar mas também a combater a ansiedade.

O isolamento social, o confinamento e a sensação de desconhecimento ou de incerteza sobre o futuro foram algumas das muitas consequências da pandemia da COVID-19. Quem vive com VIH pode sentir-se ainda mais ansioso, o que é natural. Além das questões relacionadas com o controlo da doença, o receio de contrair a infeção pelo novo coronavírus (SARS-CoV-2) e a quantidade avassaladora de notícias a que estamos expostos todos os dias podem contribuir para que surja um sentimento de ansiedade que pode ser perturbador.
Assim, com base nos conselhos compilados por fontes reconhecidas, ajudamos a identificar os sinais e sintomas que podem estar associados à ansiedade, bem como as várias estratégias para a prevenir e combater.

Ansiedade: grupos mais vulneráveis e sinais de alarme

Segundo se lê no site Saúde Mental, página oficial do Programa Nacional para a Saúde Mental da Direção-Geral da Saúde criada com o objetivo de informar e esclarecer dúvidas relacionadas com a COVID-19, as pessoas que vivem com doenças crónicas, bem como os idosos, profissionais de saúde e cuidadores são os grupos mais vulneráveis à situação atual de crise que enfrentamos. A mesma fonte alerta que entre os sinais de alarme associados à ansiedade incluem-se dificuldade em adormecer, sensação de medo, alteração de comportamentos alimentares e de sono, degradação da doença mental ou crónica e o aumento do consumo de álcool, tabaco ou outras substâncias nocivas. Estes sinais e sintomas podem interferir no nosso dia a dia e, no caso de pessoas com doenças crónicas, comprometer o controlo da doença e o seu bem-estar. Importa, então, adotar hábitos que ajudem a prevenir e a combater a ansiedade. Siga estas estratégias.

As pessoas que vivem com VIH e as suas comunidades têm décadas de experiência no que toca a resiliência, sobrevivência e superação de obstáculos

Mantenha rotinas saudáveis

Tente, dentro do possível, não modificar os seus hábitos e seguir rotinas estruturadas, o que o vai ajudar a sentir-se mais seguro. Cuidar de si é igualmente muito importante. Por isso, faça uma alimentação equilibrada e variada, pratique atividade física em casa e durma um número de horas suficiente de forma a sentir que o sono foi reparador. O programa das Nações Unidas para o VIH/sida UNAIDS recomenda igualmente que faça respirações profundas, alongamentos e meditação, práticas que ajudam a evitar e contrariar a ansiedade.

Siga as orientações do seu médico

É muito importante que sinta que a sua doença está controlada, continuando a seguir a terapêutica habitual. Em caso de ter dúvidas ou alguma necessidade específica, entre em contacto com o médico que o acompanha.


Siga as medidas de prevenção contra a COVID-19

Saber que está a seguir os cuidados de precaução necessários vai fazer com que se sinta mais protegido e, consequentemente, dar-lhe a sensação de maior segurança.

Converse com a sua família e amigos

O isolamento físico não significa que não fale com outras pessoas. Use a tecnologia a seu favor para fazer videochamadas , inclusive às refeições (principalmente se vive sozinho), converse com os seus familiares – aproveite para contactar aqueles com quem não fala com regularidade – e desabafe com pessoas em quem confia sobre os seus receios e ansiedades. Vai sentir-se compreendido e mais tranquilo.

… E apoie os outros

As pessoas que vivem com VIH e as suas comunidades têm décadas de experiência no que toca a resiliência, sobrevivência e superação de obstáculos e ao partilharem as suas histórias podem ajudar os outros durante esta fase conturbada, relembra a UNAIDS. Tal como sente que, por vezes, necessita de apoio, não se esqueça que há outras pessoas com a sua doença que têm os mesmos medos e que está ao seu alcance ajudá-las.

A ansiedade não deve ser combatida através de hábitos que podem proporcionar uma sensação temporária de relaxamento mas que são muito prejudiciais para a sua saúde

Evite hábitos nocivos

A ansiedade não deve ser combatida através de hábitos que podem proporcionar uma sensação temporária de relaxamento mas que são muito prejudiciais para a sua saúde. No site Saúde Mental é aconselhado que a pessoa não fume nem consuma bebidas alcoólicas ou drogas como forma de tentar lidar com as suas emoções.

Ocupe o seu tempo

Foque-se no trabalho e em atividades que lhe deem prazer, como ver uma série, um filme, ler, ouvir música ou cozinhar. Pode aproveitar para se dedicar a um hobby novo ou antigo para o qual nunca “tinha tempo”. No entanto, recomenda a UNAIDS, limite a exposição e procura de notícias sobre a COVID-19 e recorra sempre a fontes credíveis.

Não hesite em pedir ajuda

Lembre-se sempre: não está sozinho. Se estiver com sintomas de ansiedade, fale com alguém que o vai compreender e saberá como ajudá-lo. Por exemplo, a Associação Abraço criou uma linha de apoio SOS, via telefone e email, com o intuito de prestar apoio psicológico a pessoas com VIH/SIDA no contexto da pandemia da COVID-19. Também a Liga Portuguesa Contra a SIDA reforçou e alargou o horário da sua linha de apoio.

Última revisão: Abril 2020

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