Pele envelhecida? Saiba o que pode fazer

Guia de cuidados e tratamentos para a pele envelhecida

Rugas, manchas, flacidez, secura são provas de que os anos passam também pela nossa pele. A boa notícia é que é possível contrariar os sinais da idade com gestos simples e tratamentos específicos, atenuando o aspeto de pele envelhecida.

  • PorSofia Santos CardosoJornalista

O tiquetaque do relógio não para e, com o passar dos anos, a nossa pele muda. O processo é gradual, mas a partir dos 50 anos sofre uma viragem. Os níveis de colagénio e elastina diminuem, o que deixa a pele mais fina, induzindo a flacidez e as rugas mais vincadas. A secura começa a ser outra característica, revelando-se uma pele envelhecida. As alterações inerentes à idade são inevitáveis (embora possam ser retardadas com os cuidados certos). Mas os fatores externos que influenciam o envelhecimento cutâneo podem ser controlados por si. Com a ajuda de especialistas, a Revista Prevenir traça um guia de cuidados, revelamos as fórmulas mais indicadas e os tratamentos dermatológicos para corrigir os problemas mais comuns.

Retardar o envelhecimento cutâneo

Tendo por base os principais sinais de envelhecimento cutâneo, a médica dermatologista Manuela Cochito indica-lhe estratégias que deve adotar no dia a dia para que possa retardar o seu aparecimento. Para que possa evitar o aspeto de uma pele envelhecida.

O aparecimento de manchas deve-se, em grande parte, à exposição solar

Abrandar o envelhecimento

«Cerca de 80 por cento do envelhecimento cutâneo é causado pela luz solar», afirma Manuela Cochito. Por essa razão, é tão importante evitar a exposição solar prolongada e, sempre que isso não for possível, usar uma proteção solar com filtro elevado, idealmente 50. O seu creme de hidratação diário também deverá conter proteção solar para proteger o rosto das agressões diárias do sol todo o ano. O tabaco é outro inimigo da pele. «As mulheres fumadoras têm 100 por cento de probabilidade de terem um envelhecimento mais acentuado e mais precoce», alerta a dermatologista.

  • Como evitar
    – Manter uma alimentação equilibrada, especialmente rica em legumes e fruta, para assegurar um aporte vitamínico à pele.
    – Praticar exercício físico regular (uma caminhada diária de 30 minutos ou uma sessão de exercício, como cycling ou ginástica aeróbica, de 50 minutos, duas a três vezes por semana).
    – Ter um sono regrado de oito horas.
    – Evitar as dietas drásticas e o seu terrível efeito “iô-iô”, que favorecem o aparecimento de flacidez e rugas.

Flacidez e rugas

A flacidez «resulta da diminuição da densidade da matriz extracelular que faz com que haja uma diminuição das fibras do colagénio, que, por sua vez, diminui a densidade cutânea», explica. Pode surgir a partir dos 40 anos, mas noutros casos, só se regista aos 50. A hidratação da pele aliada a hábitos de vida saudáveis é a melhor forma de retardar o seu aparecimento.


  • Como evitar
    – Aplicar diariamente «um creme adequado é fundamental». Deve conter «fórmulas refirmantes, ricas em retinoides e ácidos de frutos que estimulam a produção de colagénio», aconselha a dermatologista.
    – Se o objetivo for corrigir rugas, procurar outros ingredientes. «Os ácidos de frutos, como o famoso ácido glicólico, os retinoides e derivados, os antioxidantes, os péptidos e os vários componentes de ácido hialurónico são os mais eficazes», indica.

Manchas

A par da flacidez e das rugas, as manchas são, segundo a dermatologista, dos problemas cutâneos mais frequentes a partir dos 50 anos, deixando um aspeto de pele envelhecida. Apesar da componente genética, a dermatologista considera que o aparecimento de manchas se deve, em grande parte, à exposição solar.

  • Como evitar
    – Proteger a pele do sol com um filtro 50.
    – «Não usar perfume nas zonas da pele que estão expostas ao sol.»
    – «Escolher um creme de rosto e corpo com ácidos de frutos e/ou ácido láctico é essencial na eliminação de manchas.»

Desidratação

A secura cutânea é mais difícil de combater, uma vez que está relacionada com as próprias características da cútis. «A pele pode ser naturalmente seca e tornar-se cada vez mais com a idade, porque as glândulas sebáceas produzem menos gordura», explica.

  • Como evitar
     – Usar cremes específicos, mais emolientes, nomeadamente ricos em ácidos gordos essenciais.

Combater a pele envelhecida

Quando os sinais de envelhecimento cutâneo acabam por surgir, a única solução passa por recorrer à oferta de tratamentos que o mundo da dermatologia dispõe. Uns implicam cirurgia, outros são apenas tratamentos dermatológicos não invasivos.

Soluções não-invasivas

«A partir dos 50 anos, os hábitos de vida saudáveis e a aplicação diária de cosméticos deverão ser complementados com tratamentos dermatológicos», recomenda Manuela Cochito. O leque de tratamentos é grande:

  • Para eliminar as rugas de expressão
    A dermatologista aconselha a aplicação de toxina botulínica. «Diminui a força dos músculos que contraem a pele e que provocam as rugas. Os resultados são visíveis logo ao fim de uma semana.» O preenchimento com ácido hialurónico é outra opção para esbater as rugas mais vincadas do rosto ou aumentar a hidratação da pele. «Existem fórmulas mais simples para hidratação e alisamento da pele, e outras mais espessas para preenchimento de determinadas zonas», explica. Pode ser feito mensalmente ou a cada três ou seis meses e tem efeito imediato.
  • Para devolver firmeza à pele
    A radiofrequência e os ultrassons, principalmente combinados, são a resposta mais eficaz. Requerem sessões mensais que, após seis meses, passam a ser trimestrais. Os resultados são visíveis após duas ou três sessões. A sua eficácia é explicada pela ação das ondas magnéticas emitidas, que estimulam a produção de colagénio. Desta forma, as células da pele que com o tempo deixaram de “trabalhar” são “reacordadas”», conclui Manuela Cochito.

«A partir dos 50 anos, os hábitos de vida saudáveis e a aplicação diária de cosméticos deverão ser complementados com tratamentos dermatológicos»

Soluções cirúrgicas

«Nesta faixa etária, há sinais moderados a avançados de envelhecimento facial. Este são caracterizados por flacidez no pescoço, na face e nas pálpebras», refere Tiago Baptista Fernandes, médico cirurgião plástico, que aponta as principais soluções:

  • Lifting da face e do pescoço
    Neste procedimento cirúrgico, os especialistas remodelam e suspendem os tecidos profundos. É dado suporte aos tecidos, evitando fazer tensão na pele, de modo a que o resultado seja o mais natural possível.
  • Cirurgia das pálpebras
    Consiste na remoção de pele e gordura em excesso nas pálpebras superiores e inferiores. Assim, as olheiras e as rugas responsáveis pelo envelhecimento do olhar são corrigidas.
  • Lifting das sobrancelhas e transplante capilar
    Reposiciona as sobrancelhas e compensa a sua rarefação, sendo uma alternativa mais natural ao risco tatuado. A falta de pelo na sobrancelha é corrigida através do transplante capilar, folículo a folículo.
Última revisão: Maio 2015

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